quinta-feira, 2 de julho de 2009

MÓDULO TV

Hoje foi o último dia de aula da cadeira de Laboratório de Jornalismo, e para colocar em prática os conhecimentos adquiridos, fomos incumbidos de apresentar um programa de tv. Nosso tema era o comportamento sexual na adolescência, e entrevistamos Cristiane Tronco, mestranda em psicologia na UFRGS.
Tentei gravar muito bem na minha memória todos esses momentos. Imagina que legal olhar pra trás e lembrar da minha primeira experiência na TV, das minhas primeiras impressões, dos primeiros erros, das primeiras expectativas... a primeira vez é inesquecível, e gravá-la de maneira que resista ao tempo é garantia de deliciosos momentos de nostalgia desatada no futuro. Tenho certeza que será agradabilíssimo ler, daqui há alguns anos, como foi a primeira vez, relatada neste blog.
Deve ser por isso que minha mãe guarda meus bicos, minha mamadeira, meu chinelinho número 19, meus cachos q agora não existem mais... etc etc etc

Boas férias para os professores e os meus colegas, nos vemos semestre que vem, Nathalie

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Um programa de TV

Para encerrar o semestre com chave de ouro, teremos amanhã a última e grandiosa tarefa da disciplina de Laboratório de Jornalismo: Um programa de TV. -Ao vivo. -Com duração de 20 minutos, divididos entre uma entrevista no primeiro bloco e um acalorado debate no segundo.
Entende a dimensão da questão?

Se disser que foi fácil encontrar neste mundo certa personalidade que tenha algo a dizer e com disponibilidade de estar na famecos por volta das 8:30 da manhã estarei mentindo. Tenho absolutamente todos os meus colegas como testemunha e estou certa de que os professores concordam também. A tarefa foi exaustiva, mas cá estou eu com pauta e bons argumentos em mãos.

O tema... É sobre o já tão falado diploma de jornalista.
(Espero que dê tudo certo!)

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PS.: O semestre passou rápido demais.

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Júlia Souza Alves

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Manual de Redação da Folha de S. Paulo

Considerado por renomados jornalistas como sendo o melhor manual de reação do Brasil, a Folha de São Paulo disponibiliza em seu site parte do conteúdo do livro. Clique aqui

Algumas citações que merecem reflexão são reescritas na primeira parte do manual, entituladas 'Frases'. Achei essa particularmente interessante:
"Trabalhar mais que todos os outros colegas: Ir dormir sabendo que nenhum jornalista que esteja cobrindo o mesmo caso trabalhou mais do que você. Não ter medo de dizer: 'Desculpe, mas não entendi bem'. Aprender a escrever. Ser ambicioso, ter ideais. Não se deixar amedrontar, desconfiar do poder e duvidar da versão de quem governa" - Bradlee, sobre o segredo de ser um bom jornalista.



Júlia Souza Alves

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Os amargurados que me desculpem, mas o bom humor é fundamental

Contam os alfarrábios que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre a informação, determinou que aquele 'conhecimento' iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado. Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam 'semideuses', já havia aquele que iria trair as determinações divinas... Aí aconteceu o pior! Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns dos mandamentos do jornalista:

1º) Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental. E qualquer desculpa de falta ou atraso usando estes argumentos será encarada com má vontade pela chefia imediata.
2º) Não verás teus filhos crescerem.
3º) Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º) Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera, pressão alta, princípios de enfarte, estresse em alto nível.
5º) A pressa será tua única amiga e as suas refeições principais serão os lanches da padaria da esquina, as pizzas no pescoção, ou uma coxinha comprada perto do local onde se desenvolve sua reportagem.
6º) Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º) Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º) Ganharás muito pouco, não terás promoção, não terás perspectiva de melhoria e não receberás elogios nem de seus superiores e nem de seus leitores. Em compensação as cobranças serão duras, cruéis e implacáveis.
9º) Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º) A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º) Os botecos nas madrugadas serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
12º) Terás sonhos com horários de fechamento, com palavras escritas erradas, com reclamações de leitores, com matérias intermináveis, com gritos ao telefone dos chefes de reportagem e, não raro, isso acontecerá mesmo durante o período de férias.
13º) Suas olheiras e seu mau humor serão seus troféus de guerra.
14º) E, o pior... Inexplicavelmente existirá uma legião de 'focas' brigando para ocupar o seu lugar.
15º) Confiarás desconfiando de tudo que veres e tudo que ouvires;
16º) Por mais que faças a melhor matéria do mundo, se não assinares o ponto na empresa, para todos os efeitos não existirás;
17º) Começarás como rádio-escuta, seguirás como repórter de futilidades, permanecerás como repórter de geral quase toda a tua carreira e, quando puderes escrever na área de atuação que te consideras especialista, ou estarás aposentado ou terás virado professor;
18º)Se repórter de TV, cuides de tua aparência; se repórter de rádio, cuide de sua voz; e se répórter de jornal, cuide de sua artrite reumatóide nos dedos;
19º) Não te cases com um(a) colega de profissão: afinal, o assunto em casa sempre vai ser o mesmo. E jornalismo é que nem sexo: se não variares, perdes a vaga;
20º) És jornalista: portanto, não desistas nunca. Tomarás chá de banco, levarás furo, darás 'barrigas', sempre terás puxas-saco te elogiando e corneteiros te criticando. Mas, se tiveres bom senso (caso raro) encontrarás alguém que te elogiará e te criticará na hora e na medida certa.

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Durante o Modulo de Jornal, recebemos a proposta de fazer um impresso só nosso, a turma de bixos da manhã. Fomos divididos por ediotorias (economia, política, mundo, geral, cultura, esportes...) como acontece nas redações de verdade e fiquei encarregada de escrever o Editorial.
Escutei, na última 5a feira (25 de Junho), rumores de que a publicação do material só será impressa no início do semestre que vem. Me lembrei então do assunto que abordei quando prestei minha opinião durante o texto sobre Liberdade de Expressão, focando principalmente na Liberdade de Imprensa.
Fui ler o meu trabalho. Confesso que pequei por vaidade e, ao optar por tratar da Lei de imprensa -envolvida em polêmicas no início do semestre, sabe?-, cometi um pecado logo no primeiro contato com textos "oficiais". Explico melhor: Aconteceu que hoje em dia ninguém mais lembra da Lei de imprensa, o público leitor não se interessa mais por isso. O tempo passou, o assunto foi tratado pelos veículos de comunicação e deu lugar então à outros temas mais atuais e relevantes.
Tudo bem, eu realmente acredito que estamos na faculdade para aprender no sentido mais amplo da palavra, e sabemos que aprendizagem requer esforço. Foi só o primeiro erro, de muitos outros que já vieram e virão ainda pela frente. Precisamos estar cientes dos riscos que estamos dispostos a enfrentar. "Treinamento árduo, combate fácil" é o lema de um amigo meu que pratica artes marciais desde criancinha. Acho que pode servir de lição para estudantes de jornalismo também.
Se estivesse previsto uma segunda edição do LabJor para nossa turma, gostaria de dedicar um espaço à correção de informações equivocadas, como já defendi no mesmo texto de opinião em questão.
Estamos no final de Junho agora, os dias quentes de Março foram substituídos pelo inverno gelado em Porto Alegre e as sombras das árvores da FAMECOS que antes eram disputadas nos intervalos hoje estão vazias, pois todos procuram abrigo junto ao Sol ou dentro do bar com ar-condicionado.
Tudo mudou. Notícias concorridas, "furos de reportagem", tanta coisa que passou e agora não faz mais sentido. Esse dilema me faz pensar a realidade de profissionais que dedicaram a vida ao jornalismo, investigando, tão inquietos por transmitir mensagens à população.
Considero essa conclusão minha maior vitória até então na faculdade. Mais do que receber notas altas ou do que adquirir algum reconhecimento pelo que tenho feito durante as aulas, entender a dimensão de responsabilidade que a profissão que escolhi exige é o que vou levar de mais preciso daqui em diante.



Júlia Souza Alves

domingo, 21 de junho de 2009


Algumas coisas

"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade. Ninguém que não o tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida. Ninguém que não o tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá pNegritoersistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte." (Gabriel García Márquez).


O texto de a cima foi utilizado por Noblat no prefácio de seu livro "A ARTE DE FAZER UM JORNAL DIÁRIO", em que o autor escreve que "a imprensa existe para satisfazer os aflitos e afligir os satisfeitos". Concordo plenamente com essa frase e considero esta uma leitura indispensável para os que pretendem seguir carreira como jornalista, ou então simplesmente para aqueles que reconhecem em Noblat alguém para se admirar.






21 de Junho
"Faltam 193 para acabar o ano. Este dia é um solstício, em que o Sol se encontra sobre o Trópico Celeste de Câncer, sua posição mais ao norte. É, portanto, o começo do inverno no hemisfério sul" (mais uma vez, WIKIPÉDIA)


Vale conferir:
Entenda os escândalos que atingem o Senado desde 2007: Desde o início da atual legislatura, Casa já foi alvo de 18 denúncias,do caso Renan à revelação de atos secretos.




Júlia Souza Alves

sábado, 20 de junho de 2009




DIPLOMA DE JORNALISMO
A necessidade da formação universitária
Por Muniz Sodré em 5/8/2008

"(...) O jornalismo, no Brasil e no resto do mundo, reflete as questões públicas decisivas para os rumos da nação.
Como conceber hoje o funcionamento dessa instituição "quase-pública", geradora da informação necessária ao cidadão para o pleno funcionamento da democracia, sem uma formação universitária, especializada, de jornalistas? Informação não é mero produto, nem serviço: é o próprio solo da sociedade em que vivemos, é o campo onde joga o cidadão. Se a garantia dessa
formação adequada se espelha hoje no diploma, viva o diploma."


Para ler o texto completo de Muniz Sodré, clique aqui
Júlia Souza Alves

Para pensar sobre Jornalismo.

"A imprensa periódica surgiu em decorrência da necessidade de informação mercantil na florescente sociedade capitalista e, portanto, veio a suprir objetivamente uma necessidade do capitalismo" (MARSHALL, p. 64, em 'O jornalismo na era da publicidade').

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"Jornal é um negócio como qualquer outro. Se não der lucro, morre. Por isso deve estar sempre atento às necessidades dos leitores. Mas jornal também é um negócio diferente de qualquer outro. Existe para servir antes de tudo ao conjunto de valores mais ou menos consensuais (...). Valores como a liberdade, a igualdade social e o respeito aos direitos fundamentais do ser humano" (NOBLAT, p. 26, em 'A arte de fazer um jornal diário').

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"A informação, como mercadoria, não é do repórter, mas dos proprietários da empresa de comunicação, a qual está sujeita a muitos interesses e pressões. Isso não torna o veículo necessariamente conservador. Pode mesmo ousar, inovar para manter e ampliar sua presença no mercado.
A notícia é pois uma versão de um fenômeno social, não a tradução objetiva, imparcial e descomprometida de um fato. Qualquer redator ou relator de um fato é parcial, inclusive ao escolher o melhor ângulo para descrevê-lo, como se recomenda nas redações". (MARSHALL, p. 39).

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"(...) um jornal que cede a uma pressão cede a todas. O caminho é manter inviolável o compromisso com a verdade; só isso pode tornar um jornal mais prestigiado, aceito e, portanto, lucrativo" (LIMA, p. 24, em 'Releasemania: uma contribuição para o estudo do "press release" no Brasil').

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"Os leitores raramente percebem quem foi o primeiro a dar a notícia – e, na verdade, nem se importam com isso. Uma notícia superficial, incompleta ou descontextualizada causa péssima impressão. É sempre melhor colocá-la no ar com qualidade, ainda que dez minutos depois dos concorrentes" (FERRARI, p. 49, em 'Jornalismo Digital').

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"(...) jornal jamais é neutro, nem mesmo quando tenta fingir que é. O ato de publicar uma notícia e de desprezar outra é tudo menos um ato neutro. Nada tem de neutro o ato de destacar uma notícia e de resumir outra em poucas linhas" (NOBLAT, p. 120-121).


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Júlia Souza Alves

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ainda sobre o Diploma

Pequeno relato sobre uma manifestação estudantil


Fui para a FAMECOS hoje no turno da noite para uma reunião extraordinária do Hipertexto, referente à decisão tomada pelo STF sobre a não obrigatoriedade de diploma de Jornalista para exercer tal função.

Reunião encerrada, pautas definidas, final de semana tá aí e fim de papo. Certo?

Errado.

Ao descer as escadas do prédio 7, me deparo com uma cena que jamais pensei vivenciar na faculdade (ano 2009, universidade particular).
Saguão lotado, apitaço, nariz de palhaço e auto falante. Estudantes protestando, unidos. Um verdadeiro ato de repúdio à decisão do STF.

Quase duvidei dos meus próprios olhos.

"Então é verdade mesmo, é verdade que a juventude tem o poder nas mãos", como já se acreditou mais facilmente em outros tempos. Mais do que preocupados com a futura profissão, estavam todos dispostos pensar no bem comum. Por um instante dessa noite, pude ver pessoas tão ocupadas com suas vidas deixando de lado individualidades para refletir que tipo de sociedade se quer.

Será que queremos uma sociedade onde meios de comunicação são monopolizados por meia dúzia de famílias em um país de dimensões continentais como nosso?

Com certeza não.

Por compreender que informação é sim sinonimo de poder, não aceitamos o fato de que informação possa ser transmitida de forma irresponsável.

Jornalista não é e nem tem que ser Dono da Verdade. Não é essa a questão. Acontece que, com o diploma abortado para a execução do cargo em questão, credibilidade e confiança serão depositados sobre pessoas não necessariamente preparadas para lidar com fatos-notícia, dificultando a formação de opinião dos leitores.


Somos assim. Somos jovens e optamos por cursar Jornalismo no Brasil, onde temos a consciência de que a profissão não é devidamente valorizada. Desejamos construir uma carreira como jornalistas, para informar com responsabilidade e ética uma população tão carente de valores como a nossa. Podemos ser chamados de utópicos, pois quem carrega a bandeira de querer melhorar o mundo assim é rotulado de imediato, mas não somos bobos. Será que 4 anos de graduação, tanto tempo investido em desenvolver habilidades técnicas e práticas, será isso tudo em vão? Mais uma vez, sabemos que a resposta é negativa.

Argumentos à parte, interesses também à parte... O que ficou de lição foi a movimentação causada. E é por isso que o que vi na FAMECOS hoje considero mágico e histórico. Em meio a tantos problemas cotidianos, a união fez a força. Cerca de 200 pessoas favoráveis ao diploma paralisaram durante 15 minutos a Av. Ipiranga para protestar por seus direitos. Liberdade de expressão é democracia, democracia é utilizar espaço público para manifestar opinião.

Sem violência, um ato digno de ser lembrado com orgulho pelos estudantes de Jornalismo.


E ficou o recado: Quarta-feira, ao meio dia, na Esquina Democrática, mais protesto contra a decisão do STF.



Por Júlia Souza Alves.

POPULAÇÃO BRASILEIRA QUER JORNALISTAS DIPLOMADOS

"Mais de 70% da população brasileira é favor da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Isto é o que indica uma pesquisa realizada pela CNT/Sensus, Confederação Nacional do Transporte, que foi realizada com 2 mil pessoas de cinco regiões brasileiras e 24 Estados, entre os dias 15 e 19 de setembro. Conforme a pesquisa, 74,3% dos entrevistados são a favor do diploma, 13,9% são contra e 11,7 % não souberam opinar sobre o assunto."









Júlia Souza Alves

Protesto de Estudantes da FAMECOS é noticiado por Zero Hora

Foto:Genaro Joner
Estudantes de Jornalismo protestam por diploma na Capital
Manifestação dos alunos deixou o trânsito lento na Avenida Ipiranga

Atualizada às 21h07min
19/06/2009 19h56min
Estudantes de Jornalismo protestaram, nesta sexta-feira, na Capital, contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a obrigatoriedade do diploma para exercer a profissão. Eles interromperam o fluxo de veículos na Avenida Ipiranga, no sentido centro-bairro, por volta das 19h20min. O protesto ocorreu na frente da PUC-RS. Um pelotão de choque do 11º Batalhão da Polícia Militar foi até o local para negociar a liberação da via. O trânsito já foi liberado, mas o fluxo seguia lento nesta noite na Ipiranga e intermediações da Universidade.
Retirado do site: ZEROHORA.COM
Júlia Souza Alves

Existe vida inteligente no poder.

“Fiquei muito triste porque sou um defensor do diploma de jornalista. Acho que um deputado ou um senador poderia enviar um projeto de lei para ser apreciado pelo Congresso”, disse Hélio Costa, Ministro das Comunicações.
O ministro ainda acrescentou que jornalista mexe com assuntos tão sensíveis que pode ser comparado com aquelas profissões em que é imperiosa a necessidade do diploma.


Júlia Souza Alves

Mais Cultura Digital...


Cultura Digital

Ampliar o uso dos meios digitais de expressão e acesso à cultura e ao conhecimento

A cultura digital, disseminada pela rede mundial de computadores e tecnologias afins, muda significativamente a forma como a gestão cultural deve encarar seus instrumentos e finalidades. De um lado, os novos meios criam a possibilidade de conservar e facilitar o acesso a amplos e valiosos acervos culturais que compõem o patrimônio do Brasil e da humanidade.
De outro, são apropriados por grupos e indivíduos como seu lugar de criação, de modo que o mundo digital se torna ele mesmo um novo campo onde formas de expressão e articulação das identidades são inventadas a todo o momento. O Estado deve garantir acesso universal e pleno às novas oportunidades criadas pela tecnologia. A chamada exclusão digital diminuiu nos últimos anos no país, embora permaneça significativa.
O desafio para a política pública voltada à cultura digital não se esgota nos programas de inclusão. Diz respeito também à articulação institucional necessária à promoção do livre uso das ferramentas tecnológicas na experiência cultural, por meio de programas de capacitação, sem deixar de lado o apoio ao desenvolvimento das linguagens de expressão e a oferta de conhecimentos de domínio público por meio das plataformas digitais.
Uma política de digitalização de acervos é indispensável para permitir uma circulação inédita de registros de nossa memória cultural, pictórica, gráfica e textual. Nesse contexto, a evolução da internet e da infra-estrutura de conexão em banda larga firmam-se como um instrumento estratégico para novas formas comerciais e não-comerciais de compartilhamento de cultura.
A adoção de novos aparatos de transferência e armazenamento da informação influencia as dinâmicas de consumo e faz surgir, em conseqüência, modelos de exploração econômica cada vez menos baseados na massificação e formas de sociabilidade e de construção de identidades independentes do espaço geográfico.
A convergência digital representa o ambiente contemporâneo de circulação da cultura, que deve ser observado sob uma perspectiva atenta à distribuição das tecnologias e às suas formas de utilização, bem como ao desenvolvimento de conteúdos, digitalização de acervos públicos e incentivos aos projetos experimentais.
Mais de 66% dos brasileiros nunca tiveram acesso à internet. O índice decorre de diversos fatores. A oferta de provedores, por exemplo, alcança apenas 45% dos municípios, enquanto os computadores estão disponíveis em menos de 20% dos domicílios.

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Texto publicado em 16 de maio de 2008
Retirado do site http://www.cultura.gov.br/site/pnc/diagnosticos-e-desafios/politicas-gerais/cultura-digital/

Fontes:Perfil dos Municípios Brasileiros, Cultura 2006 (MUNIC) - IBGE / TIC Domicílios e Usuários 2006 - Comitê Gestor da Internet
PARA MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE: http://blogs.cultura.gov.br/cultura_digital/

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Júlia Souza Alves

Cronologia Internet

Quebra barreira física da comunicação

1969 - Guerra Fria - EUA - Início da internet


1993 - WWW - criado por Tim Berners-Lee (foto ao lado), pai da internet - "World Wide Web".

1994 - Uso comercial da internet, "invasão das casas´". É avassalador.
Amazon (primeiro comércio eletrônico do mundo, em 1 ano viraram a maior livraria do mundo - Jeff Bezoz)
Yahoo (porta de entrada em qualquer navegação para conseguir acesso à conteúdos - Jerry Yang e David Filo)
Netscape (primeiro navegador, maior abertura de capital)




1998 - Cyberfam (estágio em Jornalismo online da PUCRS/famecos, pioneira na prática de novas mídias)

2004 - Web 2.0 (nova versão de Web, segunda geração de comunicação e serviços - interação)



Estrutura

1995 - Modem discado

1998 - Cabo (velocidade maior, tempo integral conectado). Revoluciona pq afasta do telefone, proporcionando uma maior liberdade

1999 - WiFi (sem fio)

2000 - ADSL - Trata-se de uma tecnologia que permite a transferência digital de dados em alta velocidade por meio de linhas telefônicas comuns. É o tipo de conexão à internet em banda larga mais usado no Brasil e um dos mais conhecidos no mundo.

2008 - 3G no Brasil (com 7 anos de atrasa em relação à Europa). Significa uma banda larga de altíssima qualidade em celular. Não existe mais fronteiras nem limites para a comunicação.


Mídias - expandir conteúdo para o mundo (TUDO vai para a Web)

1995 - Jornais impressos migrando para "online". Jornal do Brasil foi o primeiro no Brasil a fazer essa conversão de conteúdo integral para sua página na internet.

1996 - Rádio online (sem permissão do governo! - AUTONOMIA)

1999 - TV (canal paralelo)

*2000 - CONVERGÊNCIA: Interatividade, trabalhar os conteúdos de forma integrada, unida. MULTIMÍDIA, com todas as ferramentas. É mais completo, proporciona um diálogo com os outros meios de comunicação.


Suportes (maneiras como se acessa)

1969 - Mainframes

1976 - Apple I

1981 - IBM PC (atual). Bill Gates. IBM hoje faz presta serviços

1984 - Mac - primeiro computador fácil de usar (com janela e Mouse - inventado por Xerox)
*computador virou um eletroméstico

1996 - Celular

2007 - TV

2009 - Internet em todos os lugares, grandes possibilidades. DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO



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Por Júlia Souza Alves

Cronologia do Rádio







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1887 - Henrich Rudolph Hertz descobre as ondas de rádio.
1893 - Padre Roberto Landell de Moura, faz a primeira transmissão de palavra falada, sem fios, através de ondas eletromagnéticas.
1896 - Gluglielmo Marconi realiza as primeiras transmissões sem fios.
1922 - Primeira transmissão radiofônica oficial brasileira.
1923 - Roquette Pinto e Henrique Morize fundam a primeira emissora brasileira Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
É feita a primeira transmissão de rádio em cadeia no mundo, envolvendo a WEAF e a WNAC, de Boston.
No dia 30 de novembro é criada a Sociedade Rádio Educadora Paulista - PRA-E.
1926 - John Baird realiza as primeiras transmissões de imagens
1931 - É fundada a PRB 9 - Rádio Record de São Paulo.
No início dos anos 30 o Brasil já tinha 29 emissoras de rádio, transmitindo óperas, músicas e textos instrutivos.
1932 - O Governo de Getúlio Vragas autoriza a publicidadee em rádio.
Ademar Casé estréia seu programa na Rádio Philips. Casé (avô da atriz Regina Casé) criou o 1º jingle do rádio brasileiro: "Oh! Padeiro desta rua/Tenha sempre na lembrança/Não me traga outro pão/Que não seja o pão Bragança..."
1933 - O americano Edwing Armstrong demonstra o sistema FM para os executivos da RCA.
1934 - Criada a Rádio Difus
ora, apelidada de "Som de Cristal", onde surge o termo "radialista", inventado por Nicolau Tuma.
1935 - Acontece na Alemanha, a primeira emissão oficial de TV.

Assis Chateaubriand inaugura em 25 de setembro a PRG-3, Rádio Tupi do RJ.
1936 - Em Londres é inaugurada a estação de TV da BBC.
Ao som de "Luar do Sertão", às 21 horas do dia 12 de setembro, ouvia-se: "Alô, alô Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!". Surge a PRE-8, adquirida por apenas 50 contos de réis da Rádio Philips.
O ano de 1936 marca também a estréia no rádio de Ary Barroso . Um polêmico narrador esportivo que tocava gaita quando narrava os gols. Tornou-se uma das mais importantes figuras do Rádio. Começou na Rádio Cruzeiro do Sul, do Rio de Janeiro. Apresentador de vários programas de sucesso e compositor da música "Aquarela do Brasil", entre outras.
1938 - Início da televisão na Rússia.
No dia das bruxas, a rádio americana CBS, apresenta o programa "A Guerra dos Mundos", com Orson Welles, que simula uma invasão de marcianos aos Estados Unidos. O realismo era tamanho que uma onda de pânico tomou conta do País. O locutor anunciava: "Atenção senhoras e senhores ouvintes... os marcianos estão invadindo a Terra...". A emissora teve que interromper a transmissão tamanha foi a confusão.
Também em 1938 acontece a primeira transmissão esportiva em rede nacional no Brasil, na Copa de 38, por Leonardo Gagliano Neto, da Rádio Clube do Brasil do RJ.
1939 - O americano Edwin Armstrong inicia operação da primeira FM em Alpine, New Jersey.
Almirante ("a maior patente do rádio!") chamava-se Henrique Foréis Domingues. Fez sucesso nas décadas de 30 e 40. Criou o primeiro programa de auditório do rádio barsileiro, chamado "Caixa de Perguntas". Em 1939, na Rádio Nacional.
1941 - Em 12 de julho, começa a transmissão da primeira rádio novela do País, que foi apresentada durante cerca de três anos, pela PRE-8, Rádio Nacional do RJ. Era a novela "Em Busca da Felicidade" . A seguir foi a vez de "O Direito de Nascer".
Na década de 40 entra no ar o primeiro jornal falado do rádio brasileiro: o "Grande Jornal Falado Tupi", de São Paulo.
Surge
o noticiário mais importante do rádio brasileir: o "Repórter Esso - o primeiro a dar as últimas". A primeira transmissão aconteceu às 12h45min do dia 28 de agosto de 1941, quando a voz de Romeu Fernandez anunciou o ataque de aviões da Alemanha à Normandia, durante a 2ª Guerra Mundial. O gaúcho Heron Domingues marcou a história do rádio apresentando durante anos o "Repórter Esso". Em São Paulo a transmissão era feita pela Record PRB-9.



O humorista Chico Anysio começou no rádio, na década de 40, produzindo e apresentando programas, entre eles o "Rua da Alegria", na Rádio Tupi do Rio de Janeiro.
1942 -
Abelardo Barbosa (Chacrinha) surgiu no final dos anos 30, na PRA-8 Rádio Clube de Pernambuco. Em 1942 ele foi para a Rádio Difusora Fluminense. A partir de então ficou conhecido como Chacrinha, pois a emissora ficava numa chácara em Niterói. É criado o "Cassino do Chacrinha". Em 1959 o "Velho Guerreiro" estréia na Televisão.
1946 - Surgem os gravadores de fita magnética, dando maior agilidade ao rádio.
1948 - Na Rádio Nacional faz sucesso o programa "Balança mas não cai".
Num dia 1º de abril, em algum ano próximo à Copa de 1950, o locutor esportivo Geraldo José de Almeida, da Rádio Record, irradia um jogo inteiro do time do São Paulo, que estava excursionando pela Europa. No final da partida um resultado que chocou os torcedores: o São Paulo havia perdido por 7 X 0. No dia seguinte a Rádio Record anuncia que tudo não passou de uma farsa. O jogo nem tinha acontecido. Era brinacadeira do dia da mentira.
1950 - A TV BBC de Londres realiza a primeira transmissão de imagens para além do Canal da Mancha.
É inaugurada oficialmente a primeira emissora de televisão brasileira: TV Tupi de São Paulo, no dia 18 de setembro.
1951 - É inaugurada a TV Tupi do Rio de Janeiro.
1953 -
A cantora Emilinha Borba, que começou na Rádio Cruzeiro do Sul, foi consagrada a "Rainha do Rádio", na Rádio Nacional, em 1953.
1954 - Inventada em 1940 por Peter Goldmark a TV a cores entra em funcionamento..
1962 - Primeira transmissão via satélite.
1962 - Em 27 de novembro, é criada a Associação Brasileira de Rádio e Televisão - ABERT.
1965 - O Brasil é integrado no Sistema Intelsat.
1965 - Inauguração do MIS - Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro
1967 - Criado no dia 25 de fevereiro o Ministério das Comunicações.


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Fontes:


http://br.geocities.com/memorialdatv/tupiind.htm
Júlia Souza Alves

quinta-feira, 18 de junho de 2009


SOBRE DIPLOMA DE JORNALISTA

O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem, 17 de junho, que diploma de Jornalista não é necessário para o exercício da profissão.

Por conta de 8 votos contra apenas 1, ficou decidido então retornarmos a um estágio no mínimo duvidoso de fontes de informação. Faculdade de Jornalismo não existe para bonito, caras autoridades.

Votaram contra a exigência do diploma:
o relator Gilmar Mendes - O mesmo que concedeu dois habeas corpus em menos de uma semana ao banqueiro Daniel Dantas e que acredita que os políticos do Brasil são uma boa classe política. LER INTERESANTE PERFIL SOBRE GILMAR MENDES. "Segundo Mendes, a formação em jornalismo é importante para o preparo técnico dos profissionais e deve continuar nos moldes de cursos como o de culinária, moda ou costura, nos quais o diploma não é requisito básico para o exercício da profissão." / Será que para se fazer Culinária, Moda ou então Costura é preciso ética?
E os ministros
Carmem Lúcia
Ricardo Lewandowski - para ele, o diploma sera um "resquício de exceção", devido à ditardura.
Eros Grau
Carlos Ayres Britto - ressaltou que o jornalismo pode ser exercido pelos que optam por se profissionalizar na carreira ou por aqueles que apenas têm "intimidade com a palavra" ou "olho clínico".
Cezar Peluso - afirmou que preservar a comunicação de ideias é fundamental para uma sociedade democrática e que restrições, ainda que por meios indiretos, como a obrigatoriedade do diploma, devem ser combatidas
Ellen Gracie
Celso de Mello.

Marco Aurélio defendeu a necessidade de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão. Ele alegou que a exigência do diploma existe há 40 anos e acredita que as técnicas para entrevistar, editar ou reportar são necessárias para a formação do profissional. "Penso que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize a atividade profissional que repercute na vida dos cidadãos em geral", afirmou.
Os ministros Joaquim Barbosa e Carlos Alberto Menezes Direito não estavam presentes na sessão.

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Oito contra oitenta mil - Oito contra 180 milhões
Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator.

Retirado do site: http://www.fenaj.org.br/noticias.php

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A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) anuncia que decisão da Justiça brasileira é retrocesso de repercussão internacional.


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Segue aqui o texto de Beth Costa, Presidente da Federação Nacional dos Jornalistas

"Diploma em jornalismo: uma exigência que interessa à sociedade
O principal argumento, entre os tantos que se pode levantar para a exigência do diploma de curso de graduação de nível superior para o exercício profissional do jornalismo, é o de que a sociedade precisa, tem direito à informação de qualidade, ética, democrática. Informação esta que depende, também, de uma prática profissional igualmente qualificada e baseada em preceitos éticos e democráticos. E uma das formas de se preparar, de se formar jornalistas capazes a desenvolver tal prática é através de um curso superior de graduação em jornalismo.
Por isso, de todos os argumentos contrários a esta exigência, o que culpa a regulamentação profissional e o diploma em jornalismo pela falta de liberdade de expressão na mídia talvez seja o mais ingênuo, o mais equivocado e, dependendo de quem o levante, talvez seja o mais distorcido, neste caso propositalmente.
Qualquer pessoa que conheça a profissão sabe que qualquer cidadão pode se expressar por qualquer mídia, a qualquer momento, desde que ouvido. Quem impede as fontes de se manifestar não é nem a exigência do diploma nem a regulamentação, porque é da essência do jornalismo ouvir infinitos setores sociais, de qualquer campo de conhecimento, pensamento e ação, mediante critérios como relevância social, interesse público e outros. Os limites são impostos, na maior parte das vezes, por quem restringe a expressão das fontes –seja pelo volume de informações disponível, seja por horário, tamanho, edição (afinal, não cabe tudo), ou por interesses ideológicos, mercadológicos e similares. O problema está, no caso, mais na própria lógica temporal do jornalismo e nos projetos político-editoriais.
Nunca é demais repetir, também, que qualquer pessoa pode expor seu conhecimento sobre a área em que é especializada. Por isso, existem tantos artigos, na mídia, assinados por médicos, advogados, engenheiros, sociólogos, historiadores. E há tanto debate sobre os problemas de tais áreas. Além disso, nos longínquos recantos do país existe a figura do provisionado, até que surjam escolas próximas. Deve-se destacar, no entanto, que o número de escolas cobre, hoje, quase todo o território nacional.
Diante disso, é de se perguntar como e por que confundir o cerceamento à liberdade de expressão e a censura com o direito de os jornalistas terem uma regulamentação profissional que exija o mínimo de qualificação? Por que favorecer o poder desmedido dos proprietários das empresas de comunicação, os maiores beneficiários da não-exigência do diploma, os quais, a partir dela, transformam-se em donos absolutos e algozes das consciências dos jornalistas e, por conseqüência, das consciências de todos os cidadãos?
A defesa da regulamentação profissional e do surgimento de escolas qualificadas remonta ao primeiro congresso dos jornalistas, em 1918, e teve três marcos iniciais no século 20: a primeira regulamentação, em 1938; a fundação da Faculdade Cásper Líbero, em 1947 (primeiro curso de jornalismo do Brasil); e o reconhecimento jurídico da necessidade de formação superior, em 1969, aperfeiçoado pela legislação de 79. Foi o século (especialmente na segunda metade) que também reconheceu no jornalismo –seja no Brasil, nos Estados Unidos, em países europeus e muitos outros- um ethos profissional. Ou seja, validou socialmente um modo de ser profissional, que tenta afastar a picaretagem e o amadorismo e vincular a atividade ao interesse público e plural, fazendo do jornalista uma pessoa que dedica sua vida a tal tarefa – e não como um bico.
Com tal perspectiva, evoluíram e se consolidaram princípios teóricos, técnicos, éticos e estéticos profissionais, disseminados por diferentes suportes tecnológicos, como televisão, rádio, jornal, revista, internet. E em diferenciadas funções, do pauteiro ao repórter, do editor ao planejador gráfico, do assessor de imprensa ao fotojornalista. Para isso, exige-se profissionais multimídia que se relacionem com outras áreas e com a realidade a partir da especificidade profissional; que façam coberturas da Ciência à Economia, da Política aos Esportes, da Cultura à Saúde, da Educação às questões agrárias com qualificação ética e estética, incluindo concepção teórica e instrumental técnico a partir de sua área. Tais tarefas incluem responsabilidade social, escolhas morais profissionais e domínio da linguagem especializada, da simples notícia à grande reportagem.
A informação jornalística é um elemento estratégico das sociedades contemporâneas. Por isso é que o Programa de Qualidade de Ensino da Federação Nacional dos Jornalistas - debatido, aperfeiçoado e apoiado pelas principais entidades da área acadêmica (como Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação; Abecom - Associação Brasileira de Escolas de Comunicação; Enecos-Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação; Compós - Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação; e Fórum de Professores de Jornalismo)– defende a formação tanto teórica e cultural quanto técnica e ética. Tal formação deve se expressar seja num programa de TV de grande audiência ou numa TV comunitária, num jornal diário de grande circulação ou num pequeno de bairro, num site na Internet ou num programa de rádio, na imagem fotojornalística ou no planejamento gráfico.
É por isso que, num Curso de Jornalismo, é possível tratar de aspectos essenciais às sociedades contemporâneas e com a complexidade tecnológica que os envolve, incluindo procedimentos éticos específicos adequados – do método lícito para obter informação à manipulação da imagem fotográfica, do sigilo da fonte ao conflito entre privacidade e interesse público, por exemplo. É na escola que há laboratórios de telejornalismo, radiojornalismo, fotojornalismo, planejamento gráfico, jornal, revista, webjornalismo e outros. A escola pode formar profissionais para atuar em jornalismo - e não para uma ou outra empresa. Pode formar profissionais capazes de atuar em quaisquer instituições, setores ou funções. É a formação que também permite o debate e novas experiências.
As escolas não são culpadas, certamente, pelo fato de algumas empresas reduzirem a atividade profissional a aspectos simples ou simplórios.
Por isso, mesmo onde a obrigatoriedade do diploma não existe, como em países europeus, cresce o número de escolas de jornalismo. É por isso que o Conselho Europeu de Deontologia (dever-ser) do Jornalismo, aprovado em 1993, estipulou, em seu artigo 31, que os jornalistas devem ter uma adequada formação profissional. E que surgem, a cada ano, em muitos países, documentos reforçando a necessidade de formação na área.
Além de tudo, há uma discussão bastante reducionista, uma espécie de a favor ou contra. Ora, diploma é uma palavra. Trata-se, no entanto, de palavra que exprime outras duas: formação profissional, atestada por um documento que deve valer seu nome. Há um lugar, chamado escola, que sistematiza conhecimentos e os vincula a outras áreas a partir da sua. A regulamentação e a formação são o resultado disso, que se manifesta em exigências como a do registro prévio para o exercício da profissão. Por isso, a regulamentação brasileira para o exercício do jornalismo é um avanço, não um retrocesso.
O pensar e o fazer jornalístico, resultados de um ethos profissional – essencial à identidade de categoria e de profissão e socialmente relevante- não pode voltar atrás. A Fenaj defende a formação profissional em cursos de jornalismo de graduação com quatro anos e, no mínimo, 2.700 horas-aula, como já apontavam as diretrizes curriculares aprovadas após inúmeros debates e congressos na área. A formação em Jornalismo, que deve ser constante e aprimorada durante toda a vida, é a base inicial para o exercício regulamentar da atividade. A tudo isso chamamos profissão Jornalismo. E não nos parece pouco."

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E MAIS...
artigo de Muniz Sodré: Formação do Jornalista - Muito além do diploma
artigo de Pedro Celso Campos : FORMAÇÃO PROFISSIONAL - Preparo vai fazer a diferença
artigo de Luiz Martins: DIPLOMA EM XEQU- Entre o canudo e a carteirinha - "A eliminação do diploma como pré-requisito para o exercício do jornalismo certamente tornará mais fácil a ação dos lobbies e interesses que, sempre que possível, plantam "editores" nas redações e subsidiam "repórteres" que não se importam em ganhar mal, pois o "salário" por fora está garantido."


site da Federação Nacional dos Jornalistas: http://www.fenaj.org.br/afenaj.php



Por Júlia Souza Alves.

"O Fim da TV" (!)

Se assustou com o título do post? Calma, é só imitação da matéria de capa da Revista SUPER INTERESSANTE, edição de número 236, em fevereiro de 2007.


A imagem foi citada hoje pela manhã na aula de Laboratório de Jornalismo enquanto se conversava sobre o Texto 'Módulo TV'.
Introdução do Texto de Tiago Cordeiro, com edição de Alexandre Versignassi:
"Lost e o fim da TV
Um dos maiores sucessos da televisão vai destruir a própria TV. Entenda como, saiba o que vai mudar e veja por que você será um dos protagonistas desta história.
A televisão tem funcionado do mesmo jeito há décadas: canais com grades de programação definida mais pacotes de anúncios publicitários e assinantes de TV a cabo para sustentar a coisa toda. Ao espectador cabe escolher uma atração que esteja passando em tal horário e aproveitar os intervalos para buscar cerveja na geladeira. Isso vai acabar (calma, a cerveja continua).
É que está chegando a era da "TV 2.0". Nela, você é quem manda. São milhares de opções de programas, para assistir na hora em que der na telha. Além disso, não basta ver o seriado favorito. Você pode participar dele, virar praticamente um co-autor. Ou fazer suas próprias séries, se estiver a fim. Não é devaneio. Parte dessa nova TV está aqui e agora: ironicamente, em um dos maiores sucessos televisivos da história. O festejado Lost tem por trás dele justamente os elementos que vão destruir a televisão como a conhecemos. (...)"
Quer ler a matéria inteira?
Por Júlia Souza Alves

Dúvidas sobre TV Digital

Perguntas e Respostas mais frequentes...


O que é TV Digital?
É uma nova tecnologia de transmissão de sinais de televisão, que proporcionará gratuitamente ao telespectador melhor qualidade de imagens e sons e uma série de novos benefícios, tais como ver televisão quando em deslocamento e interagir com os programas.

O que muda com as transmissões digitais?
Com as transmissões digitais, a televisão terá uma
imagem sem fantasmas ou chuviscos, nítida, com som comparável ao de um CD. Além desses são vários os benefícios que a TV Digital trará ao espectador:
Alta Definição – Programas poderão ser transmitidos em formato e qualidade de cinema, a chamada tela de cinema, ou 16:9.
Som Multicanal – À similaridade do que ocorre em DVDs, o som poderá ser surround. TV Móvel e Portátil – Haverá a possibilidade de assistir TV dentro de carros (ou ônibus, trens, barcos etc) em movimento, sem que a imagem ou o som falhe. Poder-se-á também assistir em celulares, PDAs, PALMs, Notebooks, Lap tops etc.
Múltiplos Programas – Também será tecnicamente possível para a emissora transmitir mais de um programa simultaneamente, ou então, diferentes tomadas da mesma cena de forma que o telespectador escolha a que mais lhe aprouver.
Interatividade – As emissoras poderão também disponibilizar ao telespectador informações adicionais sobre a programação, tais como dados sobre os atores do filme sendo apresentado, resumo do que aconteceu na novela até o capítulo anterior, notas sobre o time que está jogando etc. Para ver essas informações adicionais, o telespectador interagirá com seu conversor digital ou com seu televisor já integrado. Ligando seu conversor digital ou seu televisor integrado a uma rede de telecomunicações, como por exemplo uma banda larga, um modem de telefonia fixa ou móvel, poderá desfrutar do que chamamos de interatividade completa, interagindo diretamente com o programa e, por exemplo, votar em enquetes ou participar de games.

Toda TV Digital é de alta definição?
Não. A transmissão poderá ser digital com definição padrão, ou seja, semelhante a das transmissões analógicas, mas sempre será sem fantasmas, chuviscos ou ruídos.

Com a TV de tubo que tenho em casa hoje consigo receber o sinal da TV Digital?
Para ver o sinal da TV Digital na TV que se tem hoje, será necessário adquirir um conversor capaz de transformar o sinal digital em sinal analógico. É sempre bom lembrar que a nitidez da imagem será limitada pela resolução da tela da TV. Nesse caso a resolução será a do tubo. Mas o conversor poderá, por exemplo, trazer ao telespectador o benefício de imagem sem fantasmas ou chuviscos. Poderá também permitir ao telespectador ter acesso a aplicações interativas.
Se eu comprar uma TV de plasma ou LCD hoje, não vou precisar comprar o conversor de sinal? Ouvi dizer que elas já são digitais.Diz-se que as TVs de plasma ou LCD são digitais devido ao processamento interno da imagem, que já é digital. Mas nem todas elas dispõem do conversor integrado. Para utiliza-los como displays de TV Digital, será necessário comprar o conversor de sinal. Claro, se o modelo já tem o conversor embutido, é só ligar a antena de UHF diretamente no aparelho.

Todas as emissoras vão transmitir o sinal digital?
As emissoras da cidade de São Paulo se uniram para transmitir o sinal digital em 02/12/2007, somente para São Paulo, quando a TV Digital foi oficialmente inaugurada no Brasil. As demais cidades estão seguindo as suas implantações, de acordo com o cronograma elaborado do Governo. Todas estão adiantadas.

Tenho TV a cabo digital ou analógica (NET/TVA) ou Via satélite (Sky/Direct) na minha casa. O que devo fazer para receber o sinal da TV Digital? Será automático, ou seja, vou receber o sinal pelo decodificador que já tenho em casa?
TVs por assinatura hoje transmitem digitalmente a programação das emissoras, mas nem todos os canais em HDTV. O assinante de TVs por assinatura terá duas opções para receber os sinais digitais das TVs abertas:
Comprar o conversor digital e interliga-lo a sua TV e a uma antena (que poderá ser interna ou externa, dependendo do local da residência/escritório). Ele, dessa forma, continuará recebendo a programação da TV por assinatura pelo seu atual decodificador, e os sinais das TVs abertas, gratuitamente, pelo novo conversor de TV Digital. OBS: A forma de interligar as duas caixinhas às TVs irá variar caso a caso e dependerá do tipo dos diferentes modelos de caixinhas e aparelhos de TVs. Quando as TVs por assinatura também distribuírem por suas redes os sinais digitais da TV Aberta, seus assinantes não precisarão mais utilizar o conversor de TV Digital. Mas, mesmo nesse caso, as operadoras de TV por assinatura deverão disponibilizar novos decodificadores para seus assinantes que serão compatíveis com a transmissão das TVs Abertas. Moro na fazenda e recebo o sinal da TV via parabólica.

Quando começar a TV Digital vou receber o sinal automaticamente?A TV Digital é a nova geração de televisão aberta terrestre e não está relacionada com outros tipos de distribuição, tal como a televisão distribuída via satélite, que é captada pelas parabólicas.

Eu tenho uma TV LCD/Plasma, HD. Quando começarem as transmissões digitais, vou receber a alta definição em casa?
Para receber Alta Definição são necessárias duas coisas: ter um televisor FULL HDT com conversor embutido e as Emissoras estarem transmitindo também em FULL HDT. Todos os atuais televisores de tubo e os de LCD ou Plasma sem os conversores, necessitam de um aparelho externo para sintonia dos novos canais digitais, os chamados conversores digitais.

Tenho que trocar minha TV?
Para ver alta definição, sim.

Todos os canais vão ter transmissão digital automaticamente?
A oferta de TV Digital depende de ações das emissoras, que precisam investir em novos equipamentos e opera-los, sem prejuízo da transmissão analógica que vai continuar No Ar. Depende também do Governo alocar para cada emissora um novo canal, para que as tecnologias analógica e digital convivam durante alguns anos até que toda população esteja preparada para receber os sinais da TV Digital. Está previsto para 29/06/2016 o desligamento da TV analógica.

Tenho que comprar um conversor ? Quanto vai custar? Quem vende?
A compra do conversor permitirá ao telespectador desfrutar de vários benefícios da TV Digital, como imagem e sons límpidos e aplicações interativas, mesmo que não compre um televisor novo. Mas, se não desejar ou não puder compra-lo poderá continuar assistindo os canais analógicos da mesma forma como os recebe hoje, em seus aparelhos analógicos. ATV analógica vai ser desligada em 29/06/2016 (Previsão do Governo). Já é possível adquirir conversores por menos de R$ 200.00, mas tendência é cair mais.



Fonte: http://www.forumsbtvd.org.br/materias.asp?id=35
OBS: No site existem várias outras perguntas! No caso de maiors dúvidas, é só acessar e entrar em contato com a produção da página.


Por Júlia Souza Alvez

Querida e Criticada Televisão

Tornou-se um vício o hábito de depender do veículo de comunicação mais popular do mundo. De conteúdo nem sempre agradável ou confiável, a verdade é que hoje em dia é impossível imaginar uma sociedade em que a Televisão não esteja presente. Conquistou sim a audiência do anteriormente monárquico rádio. Sempre ligada, é uma poderosa arma infliltrada em salas de estar de absolutamente todos as classes econômicas, abrangindo todas as faixas etárias. Alerta, manipula, informa, aliena e altera pensamentos. Para o bem e para o mal, somos diretamente atingidos pelo conteúdo que passa na telinha ocupante de lugares nobres em nossas casas, conscientes disto ou não.

Sendo assim, nada mais justo que possamos ao menos fazer parte dos bastidores. Integrar o antes tão seleto grupo dos 'donos da verdade', vulgos produtores, pessoas que escolhem o que é ou deixa de ser relevante de se disponibilizar para a população. Pode haver um recomeço.

Comercializada a partir de 1950 como um objeto de madeira transmitidor de áudio e imagenzinha realmente precária, o histórico de evolução da TV chega aos dias de hoje seguindo as tendências tecnoligicas. Nos tempos em que a TV ainda era considerada artigo de luxo com as cores apenas em tons de cinza, foi criado o costume sociologico de reunir pessoas de diversas famílias diferentes da comunidade ou da rua, por exemplo, para estabelecer assim o contato com o mundo externo. Esse contato era fundamental para se entender a realidade existente por além das fronteiras físicas de cada lugar do Brasil, intercalando a conhecida fórmula de Jornalismo e Entretenimento.

Quase seis décadas depois, consolidadas emissoras já estabelecidas no mercado de forma a monopolizar espaço de mídia e com a TV a cabo sendo obviamente um privilégio para poucos, eis que surge a TV Digital. É TV interativa mais excelente qualidade de imagem. Interatividade significa infinita participação do público consumidor da programação, equanto que qualidade de imagem proporciona aos telespectadores receber detalhes muito mais nítidos de cenas em alta definição.

Opinar sobre o que se assiste, opinar e ter certeza de que foi escutado, receber maiores informações de interesse particular. TV exclusiva. Para cada cliente em potencial de somos, uma programação específica. Sentiu vontade de comprar o figurino completo da queridinha da novela das 8? Um click e seu desejo é uma ordem! Vontades facilmente acessíveis e correspondidas em tempo real. Quer saber mais sobre alguma matéria que te intrigou? Em poucos instantes uma lista com abundantes opções de reportagens à sua disposição. Acabou a imagem de Homer Simpsons atirado e estático no sofá, como ilustra o professor Pellanda ao explicar a revolução dessa nova tecnologia. Com o controle remoto em mãos e uma televisão interligada com a internet, o público é quem manda.




Informações práticas e atualizadas com frequência no site oficidal da TV Digital no Brasil: http://www.dtv.org.br/



por Júlia Souza Alvez

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Na primeira semana de aula, os professores Fabian e Pellanda avisaram que nós, alunos da Famecos, teriamos que fazer um jornal. Mais do que aprimorar nossa capacidade de comunicar, fomos incumbidos de exercer a função de um faz-tudo. Apurar, redigir e editar. Quando prestei vestibular para o curso de jornalismo, não tinha ideia do quão difícil seria atingir meu objetivo, que é trabalhar na televisão, como apresentadora ou âncora de um programa. Entrei aqui e vi que até chegar la, um longo caminho teria q ser percorrido. Ninguém entra assim tão fácil na tv. Até entra, se tiver sido modelo ou participado de realitys shows. Mas essas não são jornalistas. Desaparecem tão rápido quanto aparecem. Não são reconhecidas pelo talento e inteligência, mas sim pela beleza e simpatia. Passados dois meses, já ouvi inúmeras vezes os professores nos falando: "Vocês podem até odiar política, mas se aparecer uma oportunidade nessa seção vocês não vão poder recusar. E quando colocarem a mão na massa, pode ser - tem muita chance - que acabem gostando." ou "Vocês não vão fazer SÓ jornal, ou SÓ radio ou SÓ internet. Um bom jornalista tem que saber fazer tudo." Todas essas frases ficaram na minha cabeça e as vezes fico muito tempo pensando sobre isso. Gosto bastante de escrever, trabalhar no rádio seria bem interessante também. Mas mesmo assim, não sei se estou no curso certo.

EDITADO: esse texto é de duas semanas atrás. As coisas estão mudando rapidamente.Exemplos: em duas semanas, ja estou lendo quase todo o jornal (ainda falta economia e política, mas calma né, pra quem não lia nada... aos poucos a gente chega lá), me viciei na coluna e no blog do paulo santana, entro no clicrbs várias vezes por dia e estou olhando o jornal nacional sempre. Um bom começo né?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Tim Berners-Lee, o pai da web

A World Wide Web, mais conhecida pela sigla Web, é um dos serviços da Internet, a rede mundial de computadores. É através desse serviço, criado pelo físico Tim Berners-Lee, que tornou-se possível navegar pelos sites com apenas um clique no mouse, sem a necessidade de decorar códigos complexos ou números extensos. Mas será q o físico do laboratório suiço Cern (centro europeu de pesquisas voltado para o estudo das partículas) tinha noção da revolução que causaria ao criar esse sistema? A resposta é simples: não. Na verdade, Tim buscava uma ferramenta que resolvesse os problemas que afetavam o desempenho do laboratório, como o fato de pessoas participando de alguns projetos mas que estavam separadas por longas distâncias e usando sistemas de computadores diferentes. Sua criação não foi patenteada, e Tim acredita que aí se encontra o segredo do sucesso: a web so prosperou por ser aberta. Outros sistemas semelhantes já haviam sido testados, mas fracassaram por não pensar na função pública que cabe a um serviço desses. Atualmente, Tim se dedica ao projeto que chama de "Web semântica", que segundo ele, vai permitir o cruzamento de informações com mais facilidade, independente do tipo de programa em que elas estejam guardadas. E quanto ao futuro da internet, o que Tim Berners-Lee tem a dizer? Tim acredita que a Web 2.0 pode não ter tanto retorno, pois nesse programa, os usuários não tem o controle sobre suas próprias informções. O gênio acredita que o futuro da internet é voltar a suas origens. "Na Web 3.0, isso tudo vai se tornar mais aberto e você terá mais controle sobre suas informações pessois e sobre como quer usá-las" - disse Berners-Lee. Parece que Tim acredita com veemência na função social de seu invento.
Nathalie Sulzbach

O jornal vai desaparecer?

A resposta converge para dois pólos opostos. Um pólo acredita com veemência que o jornal se manterá vivo, apenas mudará de suporte. A disposição das matérias, a linha editorial para qual o veículo se inclina, o tipo de linguagem e a edição continuarão iguais. A diferença é que na nova tecnologia, ele seria “impresso” eletronicamente em papel digital, com a vantagem de poder ser levado no bolso e não perder a memória, ou seja, desamassando completamente e readquirindo a forma original. Os defensores dessa idéia ainda argumentam que além das notícias num jornal serem muito mais ricas em conteúdo, este ainda contém reportagens de cunho explorativo, explicativo ou descritivo, e as famosas colunas e crônicas de jornalistas renomados, que através de opiniões criaram um forte vínculo com o leitor. O pólo oposto vê o jornal como uma forma anacrônica de comunicação, sendo a internet a substituta ideal. Para eles, falta uma filtração no conteúdo, pois há muita coisa que o leitor certamente não lerá. A inclusão digital facilitaria o acesso à informação, ao contrário do jornal, pois com muita facilidade, e em questão de pouquíssimo tempo, o internauta tem acesso a qualquer notícia, do tema q ele preferir. Tudo rápido e fácil como a dinâmica atual impõe.
Nathalie Sulzbach

quinta-feira, 19 de março de 2009

Para quebrar barreiras

Olá!


Enquanto médicos operam, professores ensinam, padres oram e matemáticos calculam, os jornalistas comunicam. Como futuros profissionais da área, nada mais natural que aproveitarmos este espaço para desenvolver essa vocação.

A internet possibilita um conhecimento sem limites e os tão populares blogs comprovam o interesse da sociedade em compartilhar suas opiniões.

Aqui os assuntos da disciplina de Laboratório de Jornalismo serão debatidos a partir da visão de duas jovens estudantes de 18 e 19 anos.


Beijos, nós.