Durante o Modulo de Jornal, recebemos a proposta de fazer um impresso só nosso, a turma de bixos da manhã. Fomos divididos por ediotorias (economia, política, mundo, geral, cultura, esportes...) como acontece nas redações de verdade e fiquei encarregada de escrever o Editorial.
Escutei, na última 5a feira (25 de Junho), rumores de que a publicação do material só será impressa no início do semestre que vem. Me lembrei então do assunto que abordei quando prestei minha opinião durante o texto sobre Liberdade de Expressão, focando principalmente na Liberdade de Imprensa.
Fui ler o meu trabalho. Confesso que pequei por vaidade e, ao optar por tratar da Lei de imprensa -envolvida em polêmicas no início do semestre, sabe?-, cometi um pecado logo no primeiro contato com textos "oficiais". Explico melhor: Aconteceu que hoje em dia ninguém mais lembra da Lei de imprensa, o público leitor não se interessa mais por isso. O tempo passou, o assunto foi tratado pelos veículos de comunicação e deu lugar então à outros temas mais atuais e relevantes.
Tudo bem, eu realmente acredito que estamos na faculdade para aprender no sentido mais amplo da palavra, e sabemos que aprendizagem requer esforço. Foi só o primeiro erro, de muitos outros que já vieram e virão ainda pela frente. Precisamos estar cientes dos riscos que estamos dispostos a enfrentar. "Treinamento árduo, combate fácil" é o lema de um amigo meu que pratica artes marciais desde criancinha. Acho que pode servir de lição para estudantes de jornalismo também.
Se estivesse previsto uma segunda edição do LabJor para nossa turma, gostaria de dedicar um espaço à correção de informações equivocadas, como já defendi no mesmo texto de opinião em questão.
Estamos no final de Junho agora, os dias quentes de Março foram substituídos pelo inverno gelado em Porto Alegre e as sombras das árvores da FAMECOS que antes eram disputadas nos intervalos hoje estão vazias, pois todos procuram abrigo junto ao Sol ou dentro do bar com ar-condicionado.
Tudo mudou. Notícias concorridas, "furos de reportagem", tanta coisa que passou e agora não faz mais sentido. Esse dilema me faz pensar a realidade de profissionais que dedicaram a vida ao jornalismo, investigando, tão inquietos por transmitir mensagens à população.
Considero essa conclusão minha maior vitória até então na faculdade. Mais do que receber notas altas ou do que adquirir algum reconhecimento pelo que tenho feito durante as aulas, entender a dimensão de responsabilidade que a profissão que escolhi exige é o que vou levar de mais preciso daqui em diante.
Júlia Souza Alves
sexta-feira, 26 de junho de 2009
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