Hoje foi o último dia de aula da cadeira de Laboratório de Jornalismo, e para colocar em prática os conhecimentos adquiridos, fomos incumbidos de apresentar um programa de tv. Nosso tema era o comportamento sexual na adolescência, e entrevistamos Cristiane Tronco, mestranda em psicologia na UFRGS.
Tentei gravar muito bem na minha memória todos esses momentos. Imagina que legal olhar pra trás e lembrar da minha primeira experiência na TV, das minhas primeiras impressões, dos primeiros erros, das primeiras expectativas... a primeira vez é inesquecível, e gravá-la de maneira que resista ao tempo é garantia de deliciosos momentos de nostalgia desatada no futuro. Tenho certeza que será agradabilíssimo ler, daqui há alguns anos, como foi a primeira vez, relatada neste blog.
Deve ser por isso que minha mãe guarda meus bicos, minha mamadeira, meu chinelinho número 19, meus cachos q agora não existem mais... etc etc etc
Boas férias para os professores e os meus colegas, nos vemos semestre que vem, Nathalie
quinta-feira, 2 de julho de 2009
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Um programa de TV
Para encerrar o semestre com chave de ouro, teremos amanhã a última e grandiosa tarefa da disciplina de Laboratório de Jornalismo: Um programa de TV. -Ao vivo. -Com duração de 20 minutos, divididos entre uma entrevista no primeiro bloco e um acalorado debate no segundo.
Entende a dimensão da questão?
Se disser que foi fácil encontrar neste mundo certa personalidade que tenha algo a dizer e com disponibilidade de estar na famecos por volta das 8:30 da manhã estarei mentindo. Tenho absolutamente todos os meus colegas como testemunha e estou certa de que os professores concordam também. A tarefa foi exaustiva, mas cá estou eu com pauta e bons argumentos em mãos.
O tema... É sobre o já tão falado diploma de jornalista.
(Espero que dê tudo certo!)
-
PS.: O semestre passou rápido demais.
-
Júlia Souza Alves
Entende a dimensão da questão?
Se disser que foi fácil encontrar neste mundo certa personalidade que tenha algo a dizer e com disponibilidade de estar na famecos por volta das 8:30 da manhã estarei mentindo. Tenho absolutamente todos os meus colegas como testemunha e estou certa de que os professores concordam também. A tarefa foi exaustiva, mas cá estou eu com pauta e bons argumentos em mãos.
O tema... É sobre o já tão falado diploma de jornalista.
(Espero que dê tudo certo!)
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PS.: O semestre passou rápido demais.
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Júlia Souza Alves
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Manual de Redação da Folha de S. Paulo
Considerado por renomados jornalistas como sendo o melhor manual de reação do Brasil, a Folha de São Paulo disponibiliza em seu site parte do conteúdo do livro. Clique aqui
Algumas citações que merecem reflexão são reescritas na primeira parte do manual, entituladas 'Frases'. Achei essa particularmente interessante:
"Trabalhar mais que todos os outros colegas: Ir dormir sabendo que nenhum jornalista que esteja cobrindo o mesmo caso trabalhou mais do que você. Não ter medo de dizer: 'Desculpe, mas não entendi bem'. Aprender a escrever. Ser ambicioso, ter ideais. Não se deixar amedrontar, desconfiar do poder e duvidar da versão de quem governa" - Bradlee, sobre o segredo de ser um bom jornalista.
Júlia Souza Alves
Algumas citações que merecem reflexão são reescritas na primeira parte do manual, entituladas 'Frases'. Achei essa particularmente interessante:
"Trabalhar mais que todos os outros colegas: Ir dormir sabendo que nenhum jornalista que esteja cobrindo o mesmo caso trabalhou mais do que você. Não ter medo de dizer: 'Desculpe, mas não entendi bem'. Aprender a escrever. Ser ambicioso, ter ideais. Não se deixar amedrontar, desconfiar do poder e duvidar da versão de quem governa" - Bradlee, sobre o segredo de ser um bom jornalista.
Júlia Souza Alves
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Os amargurados que me desculpem, mas o bom humor é fundamental
Contam os alfarrábios que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre a informação, determinou que aquele 'conhecimento' iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado. Mas, neste pequeno grupo, onde todos se achavam 'semideuses', já havia aquele que iria trair as determinações divinas... Aí aconteceu o pior! Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns dos mandamentos do jornalista:
1º) Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental. E qualquer desculpa de falta ou atraso usando estes argumentos será encarada com má vontade pela chefia imediata.
2º) Não verás teus filhos crescerem.
3º) Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º) Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera, pressão alta, princípios de enfarte, estresse em alto nível.
5º) A pressa será tua única amiga e as suas refeições principais serão os lanches da padaria da esquina, as pizzas no pescoção, ou uma coxinha comprada perto do local onde se desenvolve sua reportagem.
6º) Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º) Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º) Ganharás muito pouco, não terás promoção, não terás perspectiva de melhoria e não receberás elogios nem de seus superiores e nem de seus leitores. Em compensação as cobranças serão duras, cruéis e implacáveis.
9º) Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º) A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º) Os botecos nas madrugadas serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
12º) Terás sonhos com horários de fechamento, com palavras escritas erradas, com reclamações de leitores, com matérias intermináveis, com gritos ao telefone dos chefes de reportagem e, não raro, isso acontecerá mesmo durante o período de férias.
13º) Suas olheiras e seu mau humor serão seus troféus de guerra.
14º) E, o pior... Inexplicavelmente existirá uma legião de 'focas' brigando para ocupar o seu lugar.
15º) Confiarás desconfiando de tudo que veres e tudo que ouvires;
16º) Por mais que faças a melhor matéria do mundo, se não assinares o ponto na empresa, para todos os efeitos não existirás;
17º) Começarás como rádio-escuta, seguirás como repórter de futilidades, permanecerás como repórter de geral quase toda a tua carreira e, quando puderes escrever na área de atuação que te consideras especialista, ou estarás aposentado ou terás virado professor;
18º)Se repórter de TV, cuides de tua aparência; se repórter de rádio, cuide de sua voz; e se répórter de jornal, cuide de sua artrite reumatóide nos dedos;
19º) Não te cases com um(a) colega de profissão: afinal, o assunto em casa sempre vai ser o mesmo. E jornalismo é que nem sexo: se não variares, perdes a vaga;
20º) És jornalista: portanto, não desistas nunca. Tomarás chá de banco, levarás furo, darás 'barrigas', sempre terás puxas-saco te elogiando e corneteiros te criticando. Mas, se tiveres bom senso (caso raro) encontrarás alguém que te elogiará e te criticará na hora e na medida certa.
1º) Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental. E qualquer desculpa de falta ou atraso usando estes argumentos será encarada com má vontade pela chefia imediata.
2º) Não verás teus filhos crescerem.
3º) Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga.
4º) Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera, pressão alta, princípios de enfarte, estresse em alto nível.
5º) A pressa será tua única amiga e as suas refeições principais serão os lanches da padaria da esquina, as pizzas no pescoção, ou uma coxinha comprada perto do local onde se desenvolve sua reportagem.
6º) Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos.
7º) Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho.
8º) Ganharás muito pouco, não terás promoção, não terás perspectiva de melhoria e não receberás elogios nem de seus superiores e nem de seus leitores. Em compensação as cobranças serão duras, cruéis e implacáveis.
9º) Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único.
10º) A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te fará mais efeito.
11º) Os botecos nas madrugadas serão excelentes oportunidades de ter algum tipo de contato com outras pessoas loucas como você.
12º) Terás sonhos com horários de fechamento, com palavras escritas erradas, com reclamações de leitores, com matérias intermináveis, com gritos ao telefone dos chefes de reportagem e, não raro, isso acontecerá mesmo durante o período de férias.
13º) Suas olheiras e seu mau humor serão seus troféus de guerra.
14º) E, o pior... Inexplicavelmente existirá uma legião de 'focas' brigando para ocupar o seu lugar.
15º) Confiarás desconfiando de tudo que veres e tudo que ouvires;
16º) Por mais que faças a melhor matéria do mundo, se não assinares o ponto na empresa, para todos os efeitos não existirás;
17º) Começarás como rádio-escuta, seguirás como repórter de futilidades, permanecerás como repórter de geral quase toda a tua carreira e, quando puderes escrever na área de atuação que te consideras especialista, ou estarás aposentado ou terás virado professor;
18º)Se repórter de TV, cuides de tua aparência; se repórter de rádio, cuide de sua voz; e se répórter de jornal, cuide de sua artrite reumatóide nos dedos;
19º) Não te cases com um(a) colega de profissão: afinal, o assunto em casa sempre vai ser o mesmo. E jornalismo é que nem sexo: se não variares, perdes a vaga;
20º) És jornalista: portanto, não desistas nunca. Tomarás chá de banco, levarás furo, darás 'barrigas', sempre terás puxas-saco te elogiando e corneteiros te criticando. Mas, se tiveres bom senso (caso raro) encontrarás alguém que te elogiará e te criticará na hora e na medida certa.
*
Durante o Modulo de Jornal, recebemos a proposta de fazer um impresso só nosso, a turma de bixos da manhã. Fomos divididos por ediotorias (economia, política, mundo, geral, cultura, esportes...) como acontece nas redações de verdade e fiquei encarregada de escrever o Editorial.
Escutei, na última 5a feira (25 de Junho), rumores de que a publicação do material só será impressa no início do semestre que vem. Me lembrei então do assunto que abordei quando prestei minha opinião durante o texto sobre Liberdade de Expressão, focando principalmente na Liberdade de Imprensa.
Fui ler o meu trabalho. Confesso que pequei por vaidade e, ao optar por tratar da Lei de imprensa -envolvida em polêmicas no início do semestre, sabe?-, cometi um pecado logo no primeiro contato com textos "oficiais". Explico melhor: Aconteceu que hoje em dia ninguém mais lembra da Lei de imprensa, o público leitor não se interessa mais por isso. O tempo passou, o assunto foi tratado pelos veículos de comunicação e deu lugar então à outros temas mais atuais e relevantes.
Tudo bem, eu realmente acredito que estamos na faculdade para aprender no sentido mais amplo da palavra, e sabemos que aprendizagem requer esforço. Foi só o primeiro erro, de muitos outros que já vieram e virão ainda pela frente. Precisamos estar cientes dos riscos que estamos dispostos a enfrentar. "Treinamento árduo, combate fácil" é o lema de um amigo meu que pratica artes marciais desde criancinha. Acho que pode servir de lição para estudantes de jornalismo também.
Se estivesse previsto uma segunda edição do LabJor para nossa turma, gostaria de dedicar um espaço à correção de informações equivocadas, como já defendi no mesmo texto de opinião em questão.
Estamos no final de Junho agora, os dias quentes de Março foram substituídos pelo inverno gelado em Porto Alegre e as sombras das árvores da FAMECOS que antes eram disputadas nos intervalos hoje estão vazias, pois todos procuram abrigo junto ao Sol ou dentro do bar com ar-condicionado.
Tudo mudou. Notícias concorridas, "furos de reportagem", tanta coisa que passou e agora não faz mais sentido. Esse dilema me faz pensar a realidade de profissionais que dedicaram a vida ao jornalismo, investigando, tão inquietos por transmitir mensagens à população.
Considero essa conclusão minha maior vitória até então na faculdade. Mais do que receber notas altas ou do que adquirir algum reconhecimento pelo que tenho feito durante as aulas, entender a dimensão de responsabilidade que a profissão que escolhi exige é o que vou levar de mais preciso daqui em diante.
Júlia Souza Alves
Escutei, na última 5a feira (25 de Junho), rumores de que a publicação do material só será impressa no início do semestre que vem. Me lembrei então do assunto que abordei quando prestei minha opinião durante o texto sobre Liberdade de Expressão, focando principalmente na Liberdade de Imprensa.
Fui ler o meu trabalho. Confesso que pequei por vaidade e, ao optar por tratar da Lei de imprensa -envolvida em polêmicas no início do semestre, sabe?-, cometi um pecado logo no primeiro contato com textos "oficiais". Explico melhor: Aconteceu que hoje em dia ninguém mais lembra da Lei de imprensa, o público leitor não se interessa mais por isso. O tempo passou, o assunto foi tratado pelos veículos de comunicação e deu lugar então à outros temas mais atuais e relevantes.
Tudo bem, eu realmente acredito que estamos na faculdade para aprender no sentido mais amplo da palavra, e sabemos que aprendizagem requer esforço. Foi só o primeiro erro, de muitos outros que já vieram e virão ainda pela frente. Precisamos estar cientes dos riscos que estamos dispostos a enfrentar. "Treinamento árduo, combate fácil" é o lema de um amigo meu que pratica artes marciais desde criancinha. Acho que pode servir de lição para estudantes de jornalismo também.
Se estivesse previsto uma segunda edição do LabJor para nossa turma, gostaria de dedicar um espaço à correção de informações equivocadas, como já defendi no mesmo texto de opinião em questão.
Estamos no final de Junho agora, os dias quentes de Março foram substituídos pelo inverno gelado em Porto Alegre e as sombras das árvores da FAMECOS que antes eram disputadas nos intervalos hoje estão vazias, pois todos procuram abrigo junto ao Sol ou dentro do bar com ar-condicionado.
Tudo mudou. Notícias concorridas, "furos de reportagem", tanta coisa que passou e agora não faz mais sentido. Esse dilema me faz pensar a realidade de profissionais que dedicaram a vida ao jornalismo, investigando, tão inquietos por transmitir mensagens à população.
Considero essa conclusão minha maior vitória até então na faculdade. Mais do que receber notas altas ou do que adquirir algum reconhecimento pelo que tenho feito durante as aulas, entender a dimensão de responsabilidade que a profissão que escolhi exige é o que vou levar de mais preciso daqui em diante.
Júlia Souza Alves
domingo, 21 de junho de 2009
Algumas coisas
"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade. Ninguém que não o tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida. Ninguém que não o tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá p
ersistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte." (Gabriel García Márquez).
O texto de a cima foi utilizado por Noblat no prefácio de seu livro "A ARTE DE FAZER UM JORNAL DIÁRIO", em que o autor escreve que "a imprensa existe para satisfazer os aflitos e afligir os satisfeitos". Concordo plenamente com essa frase e considero esta uma leitura indispensável para os que pretendem seguir carreira como jornalista, ou então simplesmente para aqueles que reconhecem em Noblat alguém para se admirar.
21 de Junho
"Faltam 193 para acabar o ano. Este dia é um solstício, em que o Sol se encontra sobre o Trópico Celeste de Câncer, sua posição mais ao norte. É, portanto, o começo do inverno no hemisfério sul" (mais uma vez, WIKIPÉDIA)
Vale conferir:
Entenda os escândalos que atingem o Senado desde 2007: Desde o início da atual legislatura, Casa já foi alvo de 18 denúncias,do caso Renan à revelação de atos secretos.
Júlia Souza Alves
ersistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte." (Gabriel García Márquez).O texto de a cima foi utilizado por Noblat no prefácio de seu livro "A ARTE DE FAZER UM JORNAL DIÁRIO", em que o autor escreve que "a imprensa existe para satisfazer os aflitos e afligir os satisfeitos". Concordo plenamente com essa frase e considero esta uma leitura indispensável para os que pretendem seguir carreira como jornalista, ou então simplesmente para aqueles que reconhecem em Noblat alguém para se admirar.
21 de Junho
"Faltam 193 para acabar o ano. Este dia é um solstício, em que o Sol se encontra sobre o Trópico Celeste de Câncer, sua posição mais ao norte. É, portanto, o começo do inverno no hemisfério sul" (mais uma vez, WIKIPÉDIA)
Vale conferir:
Entenda os escândalos que atingem o Senado desde 2007: Desde o início da atual legislatura, Casa já foi alvo de 18 denúncias,do caso Renan à revelação de atos secretos.
Júlia Souza Alves
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